sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sentidos

Sentido, sentindo, sensitivo, sensitindo, sem sentido, sensível, acessível, perecível.
O mundo continua gripado, doente e ao contrário como há muito nossos cantores brasileiros dizem, mas, para mim, esse nosso mundo idoso e sequelado tem se mostrado completamente novo, um bebezinho.
Nos últimos anos me senti uma retardatária em relação aos outros e ao que era de mim (e por mim) esperado. As decisões foram proteladas, as atitudes adiadas e eu andava por aí em passos ébrios.
Esse ano de 2010 tem sido mágico e eu vejo que eu não estou nem um pouco atrasada, mas precisamente no tempo certo. E, se for mesmo necessária alguma comparação, em alguns sentidos ando bem adiantadinha.
Parece mesmo que a vida tem uma fluidez involuntária e nós, seres burramente humanos, ao tentar tomar o controle de tudo atrapalhamos esse fluxo.
Sempre desconfiei do acaso e, essa palavra me parece ter sentido dúbio.
Pode-se dizer que as minhas duas maiores decisões desse ano foram tomadas por acaso (seja em que sentido for) e elas tem me levado a vários outros.
Há quem diga que foi obra divina, sorte, destino..Mas eu tenho mais com o que me ocupar nessas minhas desocupadas férias do que procurar o sentido disso.
Objetividade nunca foi o meu forte, mas a subjetividade, diferente do que me foi pregado a vida inteira, tem o seu charme e também nos leva a vários lugares.
Ao acreditar que só havia um jeito de agir corretamente, fui pro que pode ser considerado o oposto. Hoje vejo que não há só dois lados, que o certo e o errado variam muito, e que eu posso transitar por onde for.
De um jeito muito torto (assim como minha escrita) tenho começado a fazer as coisas "certas" da minha maneira.
Adjetivos são preconceituosos, verbos são deliciosos [Acho que já li algo do tipo em algum lugar].
Substantivaram e eu, neologizarei.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mente truqueira

É mesmo quase in-crível o que nossa mente é capaz de fazer.
E o insight que tive essa semana iluminou foi tudo.
Sempre fui a rainha da negação e da repressão. Acho que o hábito de esconder brinquedos do meu irmão pra irritá-lo resultou nesse talento (inútil?) de jogar as coisas em lugares onde nem eu mesma posso achar as vezes.
Desorganizei pra me organizar ou na tentativa inútil de me organizar desorganizei tudo? Diz ae, Chico Science!
E eu tenho achado pedaços de um objeto que aos poucos vem tomando forma e sentido.
No que ele vai ser tornar mesmo ainda não sei, mas já me parece uma das coisas mais necessarias que eu estou voltando a possuir.
Há muita confusão por aqui, penso que sempre vai haver, mas assim como meu quarto..No fim das contas há algum tipo de organização, por não haver muito intermédio de quem tentou tomar controle de tudo e se descontrolou.